Você já ouviu falar da Síndrome da face esbofeteada?
É um nome estranho, mas se refere a um quadro clínico bastante típico de uma doença viral chamada Eritema infeccioso, ou Quinta doença, comum em crianças.
Ela é causada pelo Parvovírus humano B19, transmitido por gotículas respiratórias ou elementos sanguíneos, além da transmissão na gestação. Em geral, após o surgimento das lesões de pele, os pacientes têm pouca probabilidade de transmitirem a enfermidade, não sendo necessário o isolamento. A incubação varia de 4 a 20 dias.
Em pessoas saudáveis a doença costuma ter uma evolução benigna e até mesmo assintomática (25% casos), contudo, pacientes imunocomprometidos ou com anemia hemolítica devem permanecer sob vigilância.
O diagnóstico pode ser confirmado através de exames no sangue (PCR, IgG e IgM). A prevenção se dá pela lavagem das mãos e proteção às gotículas.
O quadro inicia com febre, mal-estar, dores no corpo e cefaleia. Em até 10 dias surgem lesões na pele, sendo a principal a vermelhidão da região das bochechas (sinal da “face esbofeteada”), típica da doença, facilitando sua identificação. As lesões podem acometer tronco e membros e apresentar coceira, durando de 5 a 10 dias.
Curiosamente, as lesões podem ressurgir após exposição solar, mudanças de temperatura, exercício ou situações de estresse, semanas ou mesmo meses após o quadro inicial.
Lembre-se: nos quadros de doenças exantemáticas febris os pacientes devem ser isolados até que seja feito o diagnóstico médico.
Procure seu médico.
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